46. TATINHA, O COMEÇO DO MEU AMOR INCONDICIONAL...

Aos 10 anos fui presenteada por dois grandes amigos e vizinhos Melina (in memorian) e Bino, com uma linda bebezinha de no máximo um palmo de tamanho com menos de 1 mês de vida, orfã de mãezinha... 
Um dia Melina atravessa a rua com uma bebezinha no colo e nos diz que era a cachorrinha que a tia dela viria buscar, na hora eu e meu pai nos apaixonamos e pedimos a bebezinha, mas ela já estava prometida a outra família, porém, minha vizinha e amiga disse “se minha tia não ficar, é sua...”, eu e meu pai ficamos torcendo e contando as horas para que a tia dela não a quisesse... iupiii e ela não quis, era muito pequeninha precisaria de muitos cuidados para amamentação, cheia de pulgas e vermes... ela chegou em casa pelas mãos da Melina dentro de um gorro de lã do Bino... minha mãe agora também apaixonada pela bebezinha a batizou de Tata, docemente a chamávamos de Tatinha... minutos depois estávamos os quatro (eu, meus pais e Tatinha no veterinario), passamos na farmácia e mercado, remédios, cesto para dormir, cobertor, chuquinhas para água, leite e remédios... passaram os dias e ela estava salva, passaram os anos e ela nos fez muito felizes e amados... ela me viu criança, adolescente e jovem... me esperava chegar da escola todos os dias no portão me vendo ao longe descer a rua, dormiu comigo todos os anos na cama até seu ultimo dia... foi minha irmãzinha, amiga e confidente... brincou e passeou comigo... me fez sorrir, me ensinou como é bom amar incondicionalmente, a como é simples ser feliz e a crescer dando valor a toda forma de vida... obrigada Tatinha, minha irmãzinha... você está presente em cada um dos meus bebezinhos... te amo pra sempre...